Troquei todo o meu armário
Gastei todo o meu salário
Modifiquei meu cenário
Pelo mundo caminhei
Apostei na minha sorte
Acionei meu lado forte
Aprofundei meus decotes
O meu pudor subornei
Pesquisei no Planetário
Falei com gênios e otários
Usei guias, dicionários...
Nossa, como eu procurei!
Conversei com Afrodite
Ela me deu uns palpites
Bolei festas, piqueniques
e mesmo assim não achei.
Já nem sei mais que miragem,
que licor, que flor, viagem,
que magia, que massagem,
o que usar e dizer.
Esse tal de amor, menina,
é como o Mapa da Mina,
o velho ET de Varginha,
a alpina flor de um rei.
Alguém já me deu um toque:
- Achar depende de sorte,
é um caso pra Sherlock.
Mas nisso eu nem me liguei.
Pode ser uma bobagem,
uma cena de filmagem,
no espelho uma imagem,
um delírio que eu sonhei.
Pode estar no Everest,
num abismo, no agreste,
nas mãos de um extraterrestre
ou nas terras-do-não-sei,
que essa procura não morre.
Dessa espera tomo um porre
Essa dor me mata aos goles
Esse mal me dá prazer.
Cristina Ribeiro
Cristina eu não sou poeta
ResponderExcluirMas, gosto de fazer versos
Quando a pouca inspiração
Vem chegando eu me apresso
Pois ela chega e parte
Rápido como um arremesso.
Não sabendo qual é a busca,
Mais eu ouso te dizer
Siga sempre o bom caminho
Que bons frutos irás colher
Nesta vida passageira
É o que devemos fazer.
Pois fazendo assim amiga
O que procuras virá
Disto não tenhamos dúvidas
Pois o dito popular
Ensina que iremos colher
O que estamos a plantar.
Lá se vai minha inspiração
Vou pôr um ponto final
Pra poetisa Cristina,
Que não conhece rival
Fica minha admiração
Sempre de bem, e não de mal.
Cristina fiques no Rio
Sempre compondo o seu samba
Eu fico em Fortaleza,
E apesar de não ser bamba
Receba um forte abraço
Do seu amigo Miranda.
Fortaleza, 14 de junho de 2014.